quarta-feira, 25 de maio de 2016

Dançar torna-nos mais inteligentes

Alguma vez pensou se pensa enquanto dança?

Dançar.
Diz-se que dançar faz bem ao corpo.
Parece que podemos dizer que DANÇAR faz bem à mente...
A DANÇA contribui para diminuir os níveis de stress e aumentar os níveis de serotonina (mensageiros do cérebro) aumentando, consequentemente, o bem-estar geral. 
Além destes beneficios, a DANÇA tem a capacidade de nos tornar mais inteligentes, ao mesmo tempo que reduz o risco de demência.
O estudo sobre os efeitos fantásticos que a dança tem sobre o cérebro esteve a cargo do “New England Journal of Medicine” que concluiu que, os seus efeitos sobre o cérebro são igualmente positivos: não só aumenta significativamente a agilidade mental, como reduz o risco de doenças com uma forte componente de demência, como é o caso do Alzheimer.
Ao longo de 21 anos, o estudo envolveu pessoas com mais de 75 anos de idade e observou a influência da prática de atividades cognitivas e físicas na luta contra a demência. DANÇAR frequentemente reduz o risco de demência em 76%.
Estimular a inteligência e o raciocínio e assim assegurar uma agilidade mental saudável, em qualquer idade, passa por estimular o próprio cérebro com coisas novas e diferentes, que nos obrigam a pensar de forma criativa. Quando isto acontece, o cérebro é ativado ficando cada vez mais desperto.
Se este estiver habituado a lidar sempre com as mesmas coisas, sempre da mesma fora, não será suficientemente estimulado e, consequentemente, vai enfraquecendo.
Ao aumentar a nossa reserva cognitiva, reduzimos significativamente o risco de sofrer de doenças mentais. A DANÇA destaca-se, precisamente, por ser uma atividade que requer decisões rápidas e constantes levando à reacção do cérebro.
Daqui resulta uma memória mais forte, melhor auto estima, alguma vaidade e alegria de viver.

Dançamos?


*Artigo exemplificativo retirado do SAPO Lifestyle.

Nadia Murad: “Nós morríamos a cada hora que passava”

Nadia Murad pertence a uma minoria étnica e religiosa — os yazidis — radicada há séculos no norte do Iraque. Nadia, de 23 anos, conseguiu escapar ao Estado Islâmico após três meses de cativeiro e violência brutal. Candidata ao Nobel da Paz de 2016, foi recentemente incluída na lista da revista “Time” das 100 pessoas mais influentes no mundo.
Nadia Murad
Quando foi o seu primeiro contacto com os jiadistas do Daesh?
Em agosto de 2014, o Daesh atacou os yazidis na região de Sinjar [no norte do Iraque]. Centenas de homens, velhos e crianças foram massacrados. Alguns yazidis conseguiram fugir para as montanhas Sinjar, mas Kocho, a nossa aldeia, fica longe [das montanhas] e não conseguimos. Pedimos socorro por telefone e outros meios. Mesmo até ao último momento tínhamos esperança de que alguém viria salvar-nos. Sabíamos que algo horrível nos iria acontecer.

E o que aconteceu depois?
O Daesh cercou a nossa aldeia durante alguns dias. Depois entraram e prenderam as pessoas todas na escola da aldeia. Tiraram tudo o que tivesse algum valor, como colares e brincos das mulheres e crianças. Deram-nos duas opções: a conversão ao Islão ou a morte. Ninguém quis converter-se. Mais tarde separaram os nossos homens, eram cerca de 700. Levaram-nos para o limiar da aldeia e mataram-nos.

Quantos homens da sua família?
Tenho nove irmãos. Três conseguiram fugir, seis foram mortos pelo Daesh. Já não tinha pai porque morreu há muitos anos. O meu irmão mais velho era como um pai, mas agora também ele morreu. Conseguíamos ver das janelas do segundo andar da escola, mas quando os jiadistas começaram a disparar virei a cara e fugi da janela. Até hoje ninguém tem notícias de nenhum destes 700 homens. Não sabemos o que aconteceu aos corpos deles, se os animais os comeram ou se foram levados.

O que aconteceu à sua mãe?
Depois de matarem os homens da aldeia, levaram os rapazinhos com mais de quatro anos para campos de treino. Depois separaram as mulheres mais velhas — eram umas 80, com 45 anos ou mais — e levaram-nas para outro local. A minha mãe estava neste grupo. Eles não as queriam como concubinas, não estavam interessados nos corpos delas. Algumas pessoas dizem que elas foram assassinadas, outras não. No entanto, no início do ano, quando parte de Sinjar foi libertado, encontraram uma vala comum onde estavam os corpos destas mulheres.

Sobraram apenas as raparigas e as mulheres jovens como você.
Éramos umas 150, incluindo três sobrinhas minhas. Levaram-nos de autocarro para Mossul em vários grupos e distribuíram-nos por centros do Daesh. No caminho humilharam-nos, tocaram nos nossos seios e roçaram as barbas sujas nas nossas caras. Não sabíamos se iam matar-nos ou o que iriam fazer de nós. Nessa noite levaram-nos para o quartel-general deles. Havia muitas jovens, mulheres e crianças, todas yazidis. Talvez umas 400 tinham sido trazidas no dia anterior.

E o que se passou depois?
Na noite seguinte um grupo de militantes do Daesh veio à casa. As mulheres começaram a gritar desesperadas. Algumas desmaiaram. Cada guerrilheiro escolheu uma rapariga. Algumas eram bem mais novas do que eu, tinham entre dez e 12 anos. As raparigas tentaram resistir, mas foram obrigadas a ir com os homens. As mais novas agarravam-se às mais velhas a chorar. O homem que me escolheu era enorme, um monstro. Estava petrificada de medo. Levou-me para o andar de baixo. Eu não parava de chorar. Disse-lhe que era demasiado jovem para ele, mas pegou em mim. Deu-me pontapés e espancou-me. Quando outro militante passava por ali eu agarrei-me a ele e pedi-lhe que me levasse. Não queria ir com o gordo. O outro homem disse ao gordo: “Eu já tinha escolhido esta mulher ontem. Vou levá-la!” O homem magro chamava-se Hadji Salman e levou-me para a casa dele. Era um dos comandantes, tinha seis guarda-costas fortemente armados que andavam sempre vestidos de negro e tinham um olhar malvado. Ele violou-me, foi muito doloroso. Nessa altura dei-me conta de que teria sofrido sempre, não importa qual fosse o homem. Humilhou-me todos os dias, forçou-me a usar roupa que não tapava o meu corpo. Torturou-me. Nenhum dos homens mostrou ter qualquer piedade. Muitas vezes vendiam-nos depois de um dia ou mesmo uma hora.

O que quer dizer com “vendiam-nos”?
Logo no início levaram-nos ao tribunal islâmico de Mossul. Fomos todas vestidas de negro, com a cabeça coberta. O cadi, o juiz muçulmano, leu o Corão e obrigou-nos a repetir as palavras. Fomos forçadas a dizer que nos tínhamos convertido ao Islão. O juiz disse a Salman que eu já era “halal”. Deram-me um nome islâmico e um número. Depois tiraram fotos de cada uma de nós e penduraram-nas nas paredes acompanhadas dos números dos “proprietários”. Os jiadistas iam ao tribunal e podiam olhar para as fotos. Se gostassem de alguma podiam ligar para o número e depois alugar, comprar ou mesmo receber a rapariga como presente.

Nunca encontrou um jiadista que tivesse pena da vossa situação?
O objetivo deles era eliminar todos os yazidis porque para eles nós somos hereges. Não havia homens bons entre eles. Tenho muito orgulho em ser yazidi. E sempre mantive a minha fé em Deus. Deus estava no meu pensamento em cada minuto, mesmo quando estava a ser violada.

Como conseguiu fugir?
Não era fácil fugir. Quando tentei pela primeira vez ainda estava com o primeiro homem que me violou. Disse para mim: tenho de fugir daqui, embora não pensasse ter muitas hipóteses. Tentei sair por uma janela, mas fui apanhada por um dos guardas. Fecharam-me num quarto. Segundo as regras deles, uma mulher prisioneira torna-se um despojo de guerra se for apanhada a tentar fugir. É posta numa cela e violada por todos os homens do complexo. O guarda mandou-me tirar a roupa e chamou os outros guardas. Depois passaram a noite a cometer o crime deles, até eu perder os sentidos. O meu corpo ainda tem as marcas e as cicatrizes do tratamento brutal que sofri. Depois disso não consegui sequer pensar [em fugir].

Mas fugiu. 
O último homem com quem fiquei em Mossul vivia sozinho. Um dia disse-me que me tinha vendido. Ordenou-me que me lavasse e que me preparasse. Depois saiu de casa para ir ao mercado comprar roupa e maquilhagem para mim. Apesar de pensar ser impossível, consegui sair. Bati à porta de uma casa, vivia lá uma família muçulmana sem ligações ao Daesh. Pedi-lhes ajuda. Disse-lhes que o meu irmão que vivia num campo de refugiados no Curdistão lhes daria tudo o que quisessem se me ajudassem. Ajudaram-me. Esconderam-me num quarto durante 17 dias. Finalmente deram-me roupa e um véu que tapava por completo a minha cara, exceto os olhos. Também me deram um bilhete de identidade islâmico e levaram-me à fronteira perto de Kirkuk. O meu irmão estava à espera do outro lado.

Quantas mulheres yazidis ainda estão prisioneiras do Daesh?
Umas 3400. Muitas morreram no cativeiro por causa da tortura ou porque simplesmente já não suportavam viver aquela vida.

Você nunca pensou nisso, em acabar com a vida?
Muitas raparigas suicidaram-se. Eu nunca pensei nisso, antes ou depois de ser capturada. Acho que cada pessoa deve aceitar o que Deus lhe reservou. Na verdade, estar nas mãos do Daesh era quase como já ter morrido. A maior parte das pessoas morre uma vez na vida, mas nós morríamos a cada hora que passava.


*Artigo exemplificativo retirado do Expresso.

Trumpuzzle

Trump é Trump. Tudo o que diz, desdiz e rediz, sem prometer e se comprometer, tem por fundamento primeiro de credibilidade a sua vontade e a força que ela carreia. “I am what I am".
A possibilidade de Donald Trump se tornar o próximo Presidente dos Estados Unidos assusta muita gente. É de facto possível; mas não me parece provável. Se apostasse, não colocaria fichas num homem que, nos últimos meses, alienou partes substanciais do eleitorado, das mulheres às várias minorias étnicas. Após duas semanas no país, depois de muitas conversas e redobrada atenção, uma coisa se tornou para mim evidente: o homem é uma charada embrulhada num mistério dentro de um enigma (a frase é atribuída a Churchill).
Donald Trump
A charada decorre da impossibilidade de saber exactamente o que esperar de Trump se Trump, como (não) se prevê, vier a ser Presidente dos EUA. “The” Donald (”o” Donald, como lhe chama Obama) promete tudo ou quase tudo. Ou, ao invés, não promete nada?
Promessas impossíveis: o México pagará a muralha a construir ao longo da fronteira sul, mais alta do que a Grande Muralha da China, uma “beleza artística” de betão armada e aço, que um dia (diz Trump) será chamada “Muralha Trump”; à pergunta “e se o México recusar?”, ele responde que os EUA retaliarão (com direitos aduaneiros, cortes na ajuda, pagamentos por ilegais, cancelamento de vistos, etc.). Noutro plano, promete fazer crescer a economia pelo menos 6% (não sucede há mais de 35 anos), reduzir a dívida através da redução do desperdício e cortar o orçamento em 20% exclusivamente pela renegociação; ao mesmo tempo, quer reconstruir a infraestrutura de transportes e diminuir os impostos sobre pessoas e empresas.
Coisas inadmissíveis: proibir temporariamente os muçulmanos estrangeiros de entrar nos EUA; deportar os 11 milhões de imigrantes ilegais.
Coisas preocupantes: abolir o direito de cidadania com base no nascimento (quem nasce nos EUA é americano) e acabar com as zonas livres de armas (nas bases militares e escolas) no primeiro dia de presidência. Reintroduzir a tortura (da água, por exemplo), nem que seja porque “eles merecem”.
Coisas flutuantes: Donald, que já foi a favor do direito ao aborto, promete agora “algum tipo” de punição para as mulheres que abortam (está a pensar nisso). E quanto aos vistos para imigrantes altamente especializados? Eles já foram maus para os trabalhadores americanos, bons para o país, outra vez maus, necessários (“estou a mudar”), agora são maus de novo.
Coisas demagógicas: enquanto for Presidente, Trump não tirará um só dia de férias. E imporá taxas alfandegárias significativas a importações de países como a China ou o México.
Promessas de esquerda (de direita são quase todas as outras): recusa de reduzir as despesas federais com os programas sociais Medicare, Medicaid e Segurança Social (o Obamacare é outra coisa, claro). Financiar o tratamento dos dependentes de heroína.
Coisas que vão ao encontro do discurso do interlocutor (colectivo): prever a pena de morte para assassinos de polícias. E ainda: “Vamos tornar as nossas forças armadas tão fortes e poderosas e tão incríveis (…)” que “ninguém se vai meter connosco, folks”.
Promessas impossíveis, para eleitor ouvir, demagógicas, de esquerda ou de direita, mudanças constantes. Uma charada. Mas talvez Donald Trump não faça de facto promessas, talvez se recuse a fazê-las, tornando impossível saber exactamente o que fará quando (se) for Presidente. Ao fazer promessas enquanto se recusa a fazer promessas, ao contradizer-se constantemente, embrulhando a charada num mistério, Trump triunfa sobre o que seria para qualquer outro candidato uma derrota anunciada: a incerteza nebulosa do seu programa. No fundo não há programa e resta uma certeza: Donald Trump não será constrangido pelas promessas que fez, porque afinal não as fez, e fará o que tiver de fazer para tornar a América de novo Grande. E é nesse mistério assumido que radica grande parte do seu apelo.
Trump é Trump. Tudo o que diz, desdiz e rediz, sem prometer e se comprometer, tem por fundamento primeiro de credibilidade a sua vontade e a força que ela carreia. “I am what I am and what I am is Trump” (eu sou o que sou e o que eu sou é Trump). Vai ser assim, mesmo que seja impossível, inadmissível, preocupante ou demagógico, porque eu (ele) digo que vai ser assim. Acreditem em mim, afirma, e não me peçam promessa pois importa “ser flexível” e agir em função das necessidades, das conveniências e das circunstâncias na negociação em causa.
Dizem alguns tratar-se de um discurso típico de um certo tipo de autoritarismo, de alguém que se julga mais capaz do que a generalidade do género humano; que vê por exemplo em Putin uma alma gémea, com quem se pode dar bem; alguém cujo entendimento do exercício do poder,referiu Andrew Sullivan, veterano jornalista e blogger, editor do “The New Republic” nos anos 90, é inimigo da ideia americana de dispersão do poder, com raízes na filosofia liberal e nos “federalist papers”, já para não falar na Constituição americana. Trump não tem interesse na política, sublinha Sullivan, apenas no poder. E por isso ataca com consistência (por uma vez) o “establishment” político, Washington e todos os seus avatares.
Esta é uma charada embrulhada num mistério dentro de um enigma: por que razão Trump pode hoje aspirar a tornar-se o próximo Presidente do mais poderoso país do Mundo? Como conseguiu ele, com ideias radicais, mutantes, histriónicas, ultrajantes até, vencer as primárias do partido republicano, que nalguns pontos contraria? Que razão explica a sua popularidade?
Resolver o puzzle Trump, deslindar o enigma, não das razões da popularidade que são óbvias, mas da crescente legitimidade em crer num desfecho feliz (para si), implica recorrer a um conjunto largo de factores explicativos interligados. A televisão americana, não apenas as grandes cadeias nacionais mas as estações de televisão estatais ou até regionais, enchem os seus tempos noticiosos com notícias sobre ele. Não há dia, eu diria que não há hora, em que Trump não esteja em simultâneo em centenas de televisões. Os seus apoiantes, com frequência, reconhecem-lhe os defeitos, os exageros, a falta de programa, os ziguezagues, e quase sempre concluem com um “so what?” (e então?). Trump é o anti-sistema, o portador de esperança, o “bullier” que pode assustar os verdadeiros monstros: os políticos politiqueiros, as desigualdades, o custo de vida, o desemprego, a falta de esperança no futuro. Em Trump votam sobretudo os deserdados do sonho americano. Deixem-me que vos fale deles.
São milhões: os novos pobres americanos, ou antes – permitam-me a neo-expressão -, os quase pobres americanos, provêm em parte da antiga classe média cujo nível de vida se tem degradado. Vivem menos anos do que os ricos (o fosso chega hoje aos 14 anos para homens nascidos nos anos 50); recebem em média menos de 20 mil dólares por ano e são 40% da população (65% abaixo dos 40 mil); estes americanos não vivem a vida luxuosa de Rodeo Drive ou Wall Street, vivem-na a tentar sobreviver diariamente. A desigualdade aumentou muito (veja-se um estudo de 2014 do PewResearchCenter). Num país com tanta riqueza exposta (ostentada?) – sendo certo que a pobreza também choca, basta passear à noite em downtown Nova Iorque ou São Francisco -, pode parecer estranho que haja cada vez mais gente a ter de escolher entre comer ou pagar impostos. Mas há. E são eles a resposta ao enigma que embrulha o mistério que contém a charada.
Trump não vencerá as eleições, estou convencido. Apesar de tudo, as incertezas que gera e um sentimento de razoabilidade próprio a um país que se quer bem, impedirá muitos americanos, mesmo por desespero, descrença no sistema ou simples irritação com os políticos tradicionais (mais tradicional do que Clinton não há), de levar a América por um caminho perigoso.
Mas é um aviso, um sério aviso, para os riscos que corre a democracia num Mundo desigual, cada vez mais desigual.
“Se eu for Presidente, vamos todos voltar a dizer ‘Feliz Natal”.

*Texto exemplificativo retirado do Observador.

Gravação inédita mostra Bowie a cantar Sinatra

Um programa da BBC irá mostrar, pela primeira vez, alguns temas inéditos de Bowie, como uma versão diferente do single "The Laughing Gnome" e uma cover de "My Way", de Frank Sinatra.
David Bowie
Várias músicas inéditas de David Bowie, incluindo uma versão de “My Way” de Frank Sinatra, vão ser divulgadas num novo documentário da BBC 4 sobre a história da música pop. The People’s History of Pop será composto por quatro episódios (um deles dedicado exclusivamente a Bowie) e irá abarcar um período de cerca de 40 anos.
Para o documentário, Kevin Cann, biógrafo oficial de Bowie, autorizou o apresentador da BBC Danny Baker a visitar o arquivo do músico. Resultado: dezenas de músicas inéditas, algumas das quais irão ser apresentadas pela primeira vez em The People’s History of Pop. Uma dessas canções é uma versão de “My Way”, um dos temas mais famosos de Frank Sinatra e com o qual Bowie tinha uma relação muito próxima.
“My Way” é uma adaptação de “Comme d’habitude”, uma música composta e escrita em 1967 por Claude François. Para a versão inglesa, que acabaria por se tornar muito mais conhecida do que a original, Sinatra pediu a vários músicos e compositores que adaptassem para inglês a letra da canção francesa. Entre eles estava Bowie.
Em entrevista ao programa Storytellers, realizado durante os anos 90 pelo canal VH 1, Bowie contou que a sua versão, intitulada “Even a Fool Learns to Love”, acabaria por ser rejeitada por Sinatra, e “com alguma razão”. O cantor norte-americano acabou por escolher a versão do canadiano Paul Anka. A de Bowie nunca chegou a ser gravada. Alguns anos mais tarde, porém, Bowie adaptou a letra de Claude Fançois e transformou-a em “Life on Mars”. Esta foi lançada juntamente com o álbum Hunky Dory, de 1973, com a nota: “Inspirada por Frankie”.
De acordo com o Público, para além de “My Way”, o documentário da BBC irá divulgar uma maqueta de “Space Oddity”, com várias versões diferentes, e uma versão do single “The Laughing Gnome”, de 1967. A primeira parte do documentário, dedicada aos Beatles e aos Rolling Stones, foi transmitida no passado mês de abril. A segunda parte, dedicada à década de 70 (e a Bowie), será apresentada em julho.


*Notícia exemplificativa retirada do Observador.

José Couceiro assina por duas épocas com Vitória de Setúbal

O treinador, de 53 anos, vai substituir Quim Machado no comando técnico dos sadinos, equipa que terminou a última edição do campeonato na 15.ª posição.
José Couceiro novo treinador do Vitória de Setúbal
José Couceiro foi esta quarta-feira apresentado como treinador do Vitória de Setúbal, da I Liga de futebol, para as próximas duas épocas, em conferência de imprensa realizada no Estádio do Bonfim.
O treinador, de 53 anos, vai substituir Quim Machado no comando técnico dos sadinos, equipa que terminou a última edição do campeonato na 15.ª posição.
José Couceiro, que regressa a um clube por onde passou em 2004/05 e 2013/14, terá como adjuntos Tiago Maia, José Herculano, Carlos Ribeiro e Paulo André Oliveira.


*Notícia exemplificativa retirada do Observador.

Autoestradas do Atlântico pediu 530 milhões ao Estado

Autoestradas do Atlântico, concessionária da A8, pediu ao Estado uma compensação de 530 milhões de euros por perda de receitas devido à cobrança nas ex-Scut. Tribunal arbitral decidiu dar 30 milhões.
Portugal
É mais um pedido avultado de compensação ao Estado que fica resolvido com uma “condenação”, mas cujo valor acaba por ficar muito abaixo do inicialmente pedido.
O tribunal arbitral já decidiu atribuir uma compensação à Autoestradas do Atlântico (AEA) ao abrigo do pedido de reposição do equilíbrio financeiro apresentado pela concessionária da A8, a autoestrada que liga Lisboa a Leiria. De acordo com informação recolhida pelo Observador, o valor da compensação estará próximo dos 30 milhões de euros — entre os 20 e os 30 milhões de euros –, um número que fica muito abaixo do montante reclamado de 530 milhões de euros. A deliberação será deste ano.
Fonte oficial da Brisa, que é uma das duas acionistas da Autoestradas do Atlântico, confirma “que o Tribunal Arbitral atribuiu uma compensação de valor inferior à pretensão da AEA”. E acrescenta: “Vamos aceitar a decisão do Tribunal Arbitral”.


*Notícia exemplificativa retirada do Observador.

Primeiro-ministro espera reposição da lei das 35 horas sem aumento da despesa pública

António Costa não quer o aumento da despesa pública com a entrada em vigor da uniformização das 35 horas de trabalho.
Primeiro-Ministro António Costa
O primeiro-ministro afirmou esperar que seja aprovada a norma do projeto do PS para uma ausência de aumento da despesa pública com a entrada em vigor da uniformização das 35 horas de trabalho na administração pública.
António Costa assumiu esta posição pouco depois de ser anunciado o adiamento por uma semana da votação na especialidade do diploma do PS sobre as 35 horas.
“A proposta de redação que o PS apresentou corresponde aos requisitos constantes no programa do Governo, que é a adoção desta lei sem que isso implique um aumento da despesa global. Estão reunidas as condições para que isso aconteça e espero que essa norma seja aprovada, porque é essencial para podermos repor o horário que foi retirado e alterado unilateralmente [pelo anterior executivo], sem que isso implique um aumento de custos para a despesa pública”, declarou o primeiro-ministro.
António Costa foi também questionado sobre o facto de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ainda não ter esclarecido qual a sua posição relativamente à aplicação generalizada das 35 horas de trabalho semanal em todos os setores da administração pública.
O primeiro-ministro observou então que o Presidente da República “disse que não fazia sentido comentar uma lei que ainda não existe”.
“Por isso, ainda menos faz sentido eu comentar uma ação do Presidente da República que ainda não comenta uma lei que não existe. Aguardemos pela lei, que, como se sabe, está a correr os seus trâmites na Assembleia da República”, acrescentou o líder do executivo.


*Notícia exemplificativa retirada do Observador.