António Tavares é o vencedor do Prémio Literário LeYa deste ano, com o livro "O Coro dos Defuntos", conforme anúncio na sede daquele grupo editorial, em Alfragide, Amadora. O escritor, de 55 anos, é vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Presidido por Manuel Alegre, o júri destacou, na atribuição por unanimidade, "a construção sólida" do romance "O Coro dos Defuntos", que conquistou o galardão no valor de 100 mil euros. "Estamos perante um romance que tem uma construção sólida, conduzindo o leitor através de uma escrita que inscreve, em paralelo, o percurso do país e o do mundo", lê-se na ata do júri. Os jurados realçaram ainda a "versatilidade na composição da narrativa e no cruzamento de vozes e perspetivas correspondente à diversidade de personagens".
O Prémio LeYa foi criado em 2008 com o objetivo de distinguir “um romance inédito escrito em português”, segundo o regulamento. Além de Manuel Alegre, o júri foi constituído pelos escritores Nuno Júdice, Pepetela e José Castello, o professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, José Carlos Seabra Pereira, o reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo, Lourenço do Rosário, e a professora da Universidade de São Paulo, Rita Chaves.
O júri reunira-se na segunda-feira e voltou a reunir-se hoje de manhã para deliberar sobre o vencedor de 2015. “O rasto do jaguar”, do brasileiro Murilo Carvalho, foi o primeiro vencedor, em 2008; no ano seguinte, o romance vencedor foi “O olho de Hertzog”, do moçambicano João Paulo Borges Coelho. Em 2010, dada a falta de qualidade dos candidatos, não foi entregue o galardão, mas em 2011 foi distinguida a obra “O teu rosto será o último”, de João Ricardo Pedro, que este ano integra a lista de finalistas do Prémio Sinbad-Città de Bari, na categoria de narrativa estrangeira, em Itália. “Debaixo de algum céu”, de Nuno Camarneiro, foi o vencedor em 2012 e, em 2013, o prémio foi atribuído a “Uma outra voz”, de Gabriela Ruivo Trindade. “O meu irmão”, de Afonso Reis Cabral, foi o vencedor em 2014.
Por Vasco Ales
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