Marco histórico no evidente crescimento do surf a nível mundial.
O Irão tornou-se membro da Associação Internacional de Surf com a recente entrada da Associação de Surf da República Islâmica do Irão, em 2016, quando a surfista irlandesa mostrou que o surf não tem barreiras e é um caminho para a liberdade.
Se há locais que não se associam à prática de surf, o Irão é um deles, apesar de ter cerca de 2.462 km de costa entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã.
Tudo começou quando a surfista tetracampeã nacional da Irlanda, Easkey Britton, de 28 anos, decidiu realizar um filme em 2011 intitulado “ Into the Sea”, que estreou no London Surf Film Festival. Viajou, então, para Chabahar, a cidade mais a sul do país, apenas a 113 km do Paquistão, na zona mais pobre e perigosa do Irão, o único local da costa iraniana que apresenta condições ideias para o surf. O filme teve um impacto tão grande na Internet que, em 2013, decidiu voltar novamente ao Irão, mas desta não como turista e, sim, como professora de surf e um exemplo a seguir para as mulheres.
O esforço da surfista foi reconhecido ao fim de 3 anos, quando em 2016 é reconhecida pelo Ministério do Desporto e Juventude do Irão e também se torna membro da Federação das Associações Desportivas do Irão.
A ASRII vai passar a trabalhar com a ISA, de forma a elaborar uma estratégia de desenvolvimento nos país, com especial enfoque na formação de treinadores. Inicialmente os cinco objetivos concretos para o desenvolvimento do surf no país são: promover a expansão e popularidade do surf pelo Irão; formar talentos locais que sejam capazes de desenvolver e promover o desporto no Irão; implementar cursos e workshops para formar juízes e treinadores; criar um livro de regras uniforme com base nas regras de ISA; e organizar competições regionais e nacionais.
O presidente da ISA, Fernando Aguerre, comentou: “ Estamos muito felizes por receber a ASRII na família da ISA.”
Por Luís Afonso
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