Em tempos em que praticamente tudo o que fazemos tem a ver com as redes informáticas e tecnologia, desde partilhar uma foto a jogar ou acompanhar o relato de um jogo, um novo tipo de crime, já antes cometido embora de uma maneira menor, tem vindo a ganhar ‘adeptos’.
Esse meio é a pirataria informática. Ora, se formos ver as estatísticas, e como isto afeta as pessoas e a economia tanto do país como das empresas, ficaríamos surpreendidos. Utilizando informação proveniente de um estudo do Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa, o fenómeno da pirataria em Portugal estava estimado em 40% no ano de 2011, valor muito próximo da média mundial que se situa nos 42%, sendo que aumentou cerca de 10% no último ano.
Posto isto, quais serão as razões deste fenómeno?
Há quase um ano, a Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC) enviou para os operadores uma lista de 51 sites piratas para serem bloqueados ao abrigo de um protocolo assinado no verão de 2014, a pedido das operadoras, pois tinham o interesse de bloquear os sites dedicados à disseminação de links que permitem assistir a vídeos, jogos, revistas, música, entre outros, tudo pirateado (ou seja, ilegal).
Entretanto, já estamos em 2016 e as medidas tomadas para supostamente baixar a pirataria não estão a fazer-se sentir nos dados recolhidos. Sinceramente, acho que foi algo justo o bloqueio destes sites, visto que as operadoras perdem bastante dinheiro investido na compra de copyrights dos programas; por outro lado, penso que as operadoras estão ‘a pedi-las’ ao terem determinadas iniciativas.
As pessoas já pagam para ter as operadoras de eleição e, embora antigamente muitos programas fossem transmitidos em canais que não eram os ditos Premium, de um momento para o outro deixaram de ser transmitidos. A NOS, por exemplo, há uns tempos, permitia assistir com a IRIS a programas que já tinham sido transmitidos; atualmente, só permite ver alguns programas, numa tentativa de impor aos clientes a sua televisão UMA. Outro exemplo mais ao nível mundial é o Youtube, que agora decidiu lançar o YoutubeRed, no qual estão disponíveis programas exclusivos, cujo acesso deve ser pago.
Hoje em dia, se uma pessoa quiser assitir a uma série, a um filme, a um anime ou qualquer outro programa, chegou ao ponto de ter de pagar uma subscrição, que por vezes é bastante cara para quem quer apenas ver uma série, filme ou anime.
Deixo, assim, uma questão ao leitor: afinal quem é que anda a roubar quem?
Por Nádia Candeias
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