A epidemia de febre amarela em Angola já matou 353 pessoas entre 3.464 casos suspeitos, no espaço de seis meses, mais de 170 casos só entre 20 e 24 de junho, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A epidemia alastrou-se a partir de Luanda para 16 das 18 províncias do país, já numa fase de propagação local, obrigando ao alargamento da campanha de vacinação contra a doença a todo o território.
De acordo com as Nações Unidas, Angola já recebeu cerca de 14 milhões de vacinas contra a febre amarela e vacinou mais de 11 milhões de pessoais desde fevereiro, numa população-alvo estimada em 24 milhões.
A OMS assumiu a 19 de junho que a resposta à epidemia de febre amarela em Angola, que se propaga desde dezembro levou, pela primeira vez, à rutura das reservas mundiais de emergência da vacina.
A OMS afirma também que Angola não foi a única a ser atingida por esta epidemia, havendo também outros países africanos, como a República Democrática do Congo, que até 23 de junho já registou mais de 1.307 casos e 75 mortos.
Neste momento, países como Brasil, Chade, Colômbia, Gana, Guiné-Conacri, Peru e Uganda registaram surtos de febre amarela, mas estes não estão ligados à epidemia de Angola e não são preocupantes.
A transmissão da doença é feita pelo mesmo mosquito que provoca a malária, uma das principais causas de morte em Angola, e que se produz em águas paradas e na concentração de lixo, dois problemas que afetaram a capital angolana desde agosto passado.
Por João Leitão
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