sexta-feira, 1 de julho de 2016

Negócio de Família

Negócio de família para muitos não é uma possibilidade, mas decidimos entrevistar o nosso colega de redação, Cláudio Conceição, cujo negócio da sua família é um sucesso. A grande questão é: como é ter um negócio de família?



Qual o seu negócio de família?

Temos um café/snack-bar, a pastelaria Cláudia, e também outro negócio, nomeadamente a venda e compra de automóveis, uma oficina para reparar carros. Também tenho uma retroescavadora, com a qual faço uns biscates de vez em quando.


Como surgiu?

Temos o café há cerca de 14 anos; antes do café, o meu pai trabalhava numa empresa que fazia a transformação de fígados de tubarão em óleo, mas ele tem um feitio complicado e não gosta de trabalhar para outrém, logo decidiu alugou o café que até hoje temos. Abrimos alguns restaurantes em que a margem de lucro não era muito abrangente. Tivemos, por fim, um projeto impetuoso, que consistia na abertura de um restaurante numa zona estratégica, um local onde iriam começar a construir uma logística. Foi aberto com este fundamento, mas como tudo em Portugal o Estado ficou com o dinheiro desse projeto e não avançou com nada, pelo que não fazia sentido ficar com o mesmo aberto.
Com isto tivemos de arranjar um entretém à parte do café, que continuava aberto e até aos dias de hoje continua. Esse entretém foi a compra e venda de automóveis, mais propriamente compra de automóveis avariados ou com defeitos, que tratávamos de recuperar a 100% para a venda dos mesmos, obtendo assim lucro e fazendo com que o serviço da oficina mexesse. O meu pai sempre teve um bichinho de comprar uma retroescavadora, o que acabou por acontecer. Começámos com uma retroescavadora de baixo custo e de qualidade inferior, evoluindo até à que temos hoje, que serve mais do que necessário.


Você vive no local do negócio?

Possuímos um terreno onde temos a nossa casa e onde está localizada a oficina, enquanto o café está a uma distância de 5 km.


Acha que o seu estilo de vida perante o negócio é bom?

Apesar de ter pouco tempo disponível, devido à carga horária da escola, após chegar a casa, ajudo o meu pai na oficina. Não mudava o meu estilo de vida por nada, porque quando chego a casa vou fazer o que gosto.


Quem gere?

Obviamente que é o meu pai, embora tenha sempre a minha perspicácia.


Quando terminar o curso, dada a oportunidade, arranjava emprego noutra área de trabalho?

Não, porque gosto do que faço e quero ter mais conhecimentos acerca de tudo, como por exemplo a área de telecomunicações. Nunca se sabe se vai ser importante para o futuro.


Qual a sua relação com a sua família em relação ao negócio?

Excelente, apesar de eu e o meu pai, por vezes, termos pontos de vista diferentes e a minha mãe preocupar-se com a casa, visto que não tem emprego, porque não tem necessidade do mesmo.


Por Rodrigo Pedreiro

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